Dieta Alcalina

dieta alcalina

O pH do corpo afeta toda a nossa saúde, e equilibrar o pH é um passo importante para manter a saúde física, mental e emocional, é vital para a saúde de todo o nosso organismo. Uma vez que, a acidez no organismo pode levar a várias condições médicas, tais como úlceras, problemas de pele, artrite, osteoporose e até mesmo fadiga e depressão.

O equilíbrio entre acidez e alcalinidade, pode ser explicado de uma maneira simples. Veja como…

Controlar o pH do corpo significa ter saúde e ficar livre de doenças

O metabolismo humano requer equilíbrio entre os componentes e suas reações químicas. Os alimentos podem ser classificados em ácidos ou básicos (alcalinos). Como exemplo, o açúcar e o estômago produz o suco gástrico, que é essencialmente ácido, ou as glândulas salivares que produzem a saliva, os vegetais, alho, quinoa que são alcalinas.

O equilíbrio entre acidez e alcalinidade, e sua importância para a saúde, pode ser explicado de uma maneira simples. Este equilíbrio é essencial para uma boa saúde de todo nosso corpo.

“O médico do futuro não dará remédios, mas interessará os pacientes nos cuidados com o corpo humano, a nutrição, e nas causas e prevenções de doenças”.

Thomas Edison

pH

pH é símbolo para uma medida físico-quimíca ou potencial de hidrogénio, O termo pH foi introduzido, em 1909, pelo bioquímico dinamarquês Søren Peter Mauritz Sørensen (1868-1939) com o objetivo de facilitar seus trabalhos no controle de qualidade de cervejas (à época trabalhava no  Laboratório Carlsberg). O “p” vem do alemão potenz, que significa poder de concentração, e o “H” é para o íon de hidrogénio (H+).

Cada solução ou é ácida ou é alcalina. Essas soluções podem ser qualquer coisa, como fluidos corporais, do sangue, o ácido do estômago, bebidas como vinho ou cafe, água e até alimentos.

Acidez e alcalinidade são medidas em pH (potencial de hidrogénio). A escala de pH vai de 0 a 14, com 0 a mais ácida, e 14 o mais alcalino. 
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O pH ácido do estômago é 1
O vinho é de 3,5
A água é 7 (neutro)
O sangue venoso é 7,35
O sangue arterial é de 7,4
A água do mar é de 8,5
O bicarbonato de sódio é de 12.

Alcalino

Idealmente, o nosso pH deve permanecer no lado alcalino: entre 7,35 e 7,45.

O nosso organismo foi desenhado para ser alcalino e o pH da maioria das nossas células e fluidos como, por exemplo, o sangue tem um valor muito específico de 7,365, ligeiramente alcalino. Tal como o nosso corpo faz tudo o que for necessário para regular a temperatura, de forma a que se mantenha num valor específico, o nosso organismo faz o mesmo para tentar manter este valor de alcalinidade do sangue (7,365). Por outro lado, o nosso organismo cria naturalmente ácidos através das suas funções corporais, o que o obriga a ter um sistema de reservas alcalinas para compensar essa acidez interna, de forma a poder utilizá-las para neutralizar os ácidos que ingerimos ou que são libertados pelas funções corporais. Estas reservas de minerais alcalinos são facilmente esgotadas devido ao nosso estilo de vida ocidental, ou seja, a maioria de nós ingere alimentos e bebidas que contém ácidos fortíssimos.

O que é que acontece quando eliminamos estas reservas de minerais alcalinos e continuamos a ingerir mais ácidos ?

O nosso organismo é forçado é utilizar as suas reservas alcalinas, situação que provoca o caos interno – por exemplo, se o organismo está constantemente a utilizar cálcio para eliminar os ácidos que consumimos, podem então surgir sintomas como os, da osteoporose (os últimos estudos científicos comprovam e associam o consumo de bebidas gaseificadas à ocorrência da osteoporose). No último século, e à medida que fomos “evoluindo” e mudando o nosso estilo de vida, aumentámos dramaticamente a ingestão de ácidos. A dieta, o stress, as emoções e a falta de exercício e a vida sedentária produzem no nosso corpo hormonas como o cortisol e a adrenalina que em excesso contribuem para aumentar essa acidez interna.

E porque que isto é importante?

Porque todos os nossos fluidos no corpo têm o seu próprio valor de pH. O nosso corpo foi desenhado para funcionar numa janela estreita de pH, sendo que poucas flutuações podem ocorrer, de outra forma morremos. Sabe-se que muitas doenças como eczema, acne, doenças inflamatórias, artrite, fadiga crónica e mesmo o cancro estão relacionadas com um ambiente interno ácido.

Otto Warburg, que foi laureado com um prémio Nobel, provou que as células cancerígenas reproduzem-se mais facilmente em ambiente anaeróbio (sem oxigénio) ou ácido, rico em açúcar. Neste momento as pesquisas de novos medicamentos anticancerígenos estão a explorar o “desejo” de açúcar por parte das células tumorais de forma a torná-las alvos mais fáceis.

Em teoria, quanto mais ingerimos alimentos ácidos mais contribuímos para estas doenças, e quanto mais alimentos alcalinos ingerimos mais nos protegemos delas. Apesar de já ter sido comprovada a relação entre a nossa dieta e o pH da urina, pouco se comprovou sobre a influência real desta no pH do sangue. Por isto mesmo temos de ter consciência de que a Dieta Alcalina, por enquanto, é uma teoria. E embora me pareça lógica, não poderia deixar de referir que ainda carece de mais evidência científica.

Ácidos

O estilo de vida tem modificado muito com o tempo, cada vez mais industrializados, a dieta, o stress, as emoções e falta de exercício contribuem para um aumento da acidez interna. Acidose, ou o excesso de acidez nos tecidos do corpo é uma das causas fundamentais das doenças, especialmente as doenças artríticas e reumáticas. Nos casos de diabetes, úlceras, hipertensão arterial, cancro, problemas cardíacos, há um desequilíbrio do pH no organismo tendendo para a acidez.

Todas estas consequências são resultantes de uma ingestão de alimentos, processados e refinados, do açúcar, gorduras hidrogenadas, bebidas gaseificadas, produtos lácteos, álcool, refeições feitas no micro-ondas, pão branco, cafeína, queijos amarelos, gelados, tabaco, etc.., alimentos que os cientistas e todas as investigações independentes confirmam não serem benéficos para a nossa saúde.

Os sintomas comuns de um pH desequilibrado incluem azia, flatulência, arrotos e sensação de saciedade depois de comer pequenas quantidades de alimentos. Podem também incluir insónia, retenção de líquidos, enxaquecas, prisão de ventre com diarreia, cansaço, sensação de queimação na língua e na boca e halitose.

Quais são os alimentos ácidos e alcalinos?

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Alimentos que aumentam a acidez no sangue

Extremamente ácidos

Os adoçantes artificiais, carne, cerveja, pão branco, açúcar, refrigerantes, cereais (refinado), chocolate, tabaco, café, cremes de por no pão, medicamentos, peixes, farinha de trigo (branca, trigo), sumos de fruta com açúcar, doces, licores, doces e bolos de pastelaria, picles (comercial), carne de porco, aves, frutos do mar, o açúcar (branco), sal de mesa (refinado e iodado), chá (preto), vinagre branco (transformados), alimentos do trigo, vinho e iogurte.

Moderadamente ácidos

Bananas (verdes), cevada (centeio), farelo, manteiga, cereais (não refinado), queijos, biscoitos de centeio (não refinado, arroz e trigo), feijão, coco, ovos brancos, ovos inteiros (cozido duro), frutose, leite de cabra (homogeneizado), mel (pasteurizado), ketchup, leite (homogeneizado), nozes, a mostarda, aveia, pasta de azeitonas (picles), (grãos integrais), massas, pipocas (com sal e/ou manteiga), batatas, o arroz, sementes (abóbora, girassol) e molho de soja.

De salientar que, um alimento apesar de ácido pode vir a transformar se em alcalino após a digestão, e vice-versa.

Alimentos que aumentam a alcalinidade no sangue

Extremamente Alcalinos
Limões, melancia

Alcalino
Melão, aipo, tâmaras, figos, alga marinha, limão, manga, melão, mamão, salsa, uvas, agrião, espargos, sumos de frutas, kiwi, maracujá, pêra, abacaxi, passas, ameixa e sumos vegetais.

Moderadamente alcalino
Maçã, brotos de alfafa, damascos, abacaxi, banana (madura), passas, tâmaras, figos (frescos), toranja, alho, ervas verdes (folhas), alface, nectarinas, pêssegos, ervilha (fresca), abóbora, sal marinho. Feijão (verde), beterraba, pimentão, brócolos, repolho, couve-flor, gengibre (fresco), laranjas, batata (com casca), abóbora (menos doce), framboesa, morango, nabo, milho doce.

Levemente alcalino
Amêndoas, alcachofras, couve de bruxelas, cerejas, coco (fresco), pepino, berinjela, mel (in-natura), cogumelos, quiabo, azeitonas (madura), cebola, picles (caseiro), rabanetes, sal do mar, especiarias, tomate, castanhas (secas, torradas), gemas de ovos (mole cozido), o leite de cabra, leite (cru), maionese (caseira), azeite, soja em grão (seco), tofu, leite de soja, grãos germinados e flocos nutricionais.

Alimentos neutros

(Manteiga fresca, sem sal), nata, soro de leite (cru), óleos (exceto azeite) e iogurte (simples).

Mas o que é que define um alimento ácido ou alcalino?

Existem vários factores, mas os mais importantes são os seguintes:

1.    Se um alimento for rico em minerais alcalinos, incluindo o magnésio, potássio, cálcio e sódio, terá um efeito alcalino no nosso organismo;

2.   Mas, se apesar do seu conteúdo alcalino, contiver algum dos seguintes elementos, ele provocará acidez:

  • a.        Açúcar
  • b.        Fermento
  • c.        Se for fermentado (por exemplo, o molho de soja)
  • d.        Se contiver fungos (por exemplo, os cogumelos)
  • e.        Se for refinado/processado/cozinhado no microondas

Esta situação explica as alterações que transformam os alimentos de alcalinos a ácidos.

Equilíbrio é a chave!

O importante é que exista equilíbrio, ingerindo maioritariamente alimentos alcalinos, mas também alguns ácidos.

Razões para optar por uma dieta alcalina

Neste tipo de dieta todos os alimentos são permitidos, porém os alcalinos devem estar presentes numa proporção maior. Esta proporção entre os alimentos pode variar entre as diferentes pessoas, mas geralmente ela deve ter pelo menos 60% alcalinos e 40% ácidos. É importante ressaltar que a acidez dos alimentos deve ser medida sobre seu efeito no organismo após a digestão e não em seu teor de acidez e alcalinidade intrínseca.

Ressalvo que o ideal para um bom funcionamento orgânico é transformar a dieta alcalina num estilo de alimentação a ser adotada para a vida, que seja um estilo de vida e não utilizada só por um curto período de tempo. A dieta não tem contraindicações e qualquer pessoa pode aderir. Porém é necessário evitar dietas muito restritivas, para que o organismo não seja prejudicado pela falta de outros nutrientes, além de respeitar a individualidade bioquímica e adequar as necessidades nutricionais de cada um, para evitarmos qualquer deficiência, por isso é fundamental ter um acompanhamento de um nutricionista ou dietista. 

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