Como ler rótulos

Ler os rótulos pode ser complicado.

Os consumidores tem cada vez mais preocupação com a sua saúde, por isso alguns fabricantes de alimentos usam truques enganosos para convencer as pessoas a comprar produtos altamente processados ​​e não saudáveis.

A regulamentação de rotulagem de alimentos são complexas, tornando mais difícil para os consumidores entendê-las.

Este artigo explica como ler os rótulos dos alimentos para que possa diferenciar entre que é rotulado incorretamente e alimentos verdadeiramente saudáveis.

Lista de ingredientes

Os ingredientes do produto são apresentados por quantidade – da maior para a menor quantidade.

Isso significa que o primeiro ingrediente é o que o fabricante mais usou. para produzir esse alimento.

Uma boa regra é examinar os três primeiros ingredientes, pois eles constituem a maior parte do que vai ingerir.

Se os primeiros ingredientes incluírem grãos refinados, um tipo de açúcar ou óleos hidrogenados, pode presumir que o produto não é saudável.

Em vez disso, tente escolher itens que tenham alimentos inteiros apresentados como os três primeiros ingredientes.

Além disso, uma lista de ingredientes com mais de duas a três linhas sugere que o produto é altamente processado.

Se ler mais de três ingredientes que não conhece então talvez não seja a melhor escolha. Palavras como ‘E214’, por exemplo, referem-se aos aditivos alimentares – substâncias que são adicionadas aos alimentos com o objetivo de melhorar as suas qualidades organoléticas como sabor, aparência ou de forma a aumentar o tempo de conservação.

Calorias e nutrientes

Os rótulos nutricionais indicam quantas calorias e nutrientes existem em uma quantidade padrão do produto – geralmente sugerem, uma única porção.

No entanto, esses tamanhos de porção são frequentemente muito menores do que o que as pessoas consomem de uma vez.

Por exemplo, uma porção pode ser meia lata de refrigerante, duas bolachas, meia barra de chocolate ou um único iogurte.

Ao fazer isso, os fabricantes tentam enganar os consumidores fazendo-os pensar que o alimento tem menos calorias e menos açúcar.

Muitas pessoas desconhecem esse questão do tamanho de porção, assumindo que todo o recipiente é uma única porção, quando na verdade pode consistir em duas, três ou mais porções.

Se está interessado em saber o valor nutricional do que está a comer, precisa multiplicar a porção fornecida pelo número de porções que consumiu.

Declaração nutricional

A declaração nutricional é outro componente da informação nutricional. Normalmente é apresentada numa tabela com indicação da quantidade de cada nutriente por 100g de produto. Esta tabela deve conter:

  • Valor energético do produto em quilocalorias (Kcal) ou quilojoules (Kj)
  • Teor de lípidos (ácidos gordos saturados e trans)
  • Teor de hidratos de carbono e açúcares
  • Teor de proteína
  • Sal

Além destes nutrientes, a informação pode ser complementada com ácidos gordos mono e polinsaturados, polióis, amido, fibra e vitaminas ou sais minerais que estejam em quantidades significativas.

No que se refere ao teor de gordura, açúcar e sal, quanto menor o valor, mais saudável é o alimento. Exceto no caso da gordura polinsaturada, que é uma gordura saudável. Para fazer escolhas saudáveis, tenha em conta os valores de referência apontados pela Direção Geral da Saúde, representados no semáforo abaixo:

  • VERMELHO  Significa que o alimento tem uma concentração elevada de gorduras, gorduras saturadas, açúcares ou sal. O alimento pode ser consumido ocasionalmente ou em menores  quantidades.
  • AMARELO – Significa que o alimento tem uma concentração média de gorduras, gorduras saturadas, açúcares ou sal. O alimento é uma boa opção.
  • VERDE – Significa que o alimento tem uma concentração baixa de gorduras, gorduras saturadas, açúcares ou sal. O alimento é uma opção mais saudável.

Toda a informação é importante

Ainda que seja natural que se foque a atenção em determinados índices da informação presente nos rótulos, é imprescindível entender que qualquer item é essencial, principalmente se estamos a comprar algo pela primeira vez.

Por isso, não menospreze dados como, por exemplo, a denominação de venda, o prazo de validade ou os ingredientes da composição do produto.

CONCLUSÃO…

Saber ler a informação presente nos rótulos leva a escolhas alimentares mais equilibradas ao passo que se sabe exatamente que ingredientes se estão a ingerir.

São imensas as razões para dedicar alguns minutos a analisar os rótulos dos produtos. Mas é igualmente importante que se lembre que os melhores alimentos são aqueles que não têm rótulo, porque simplesmente não precisam deles. Falamos de frutas, vegetais, peixe ou carne, por exemplo.

Devemos também ter em mente que nutrientes faz sentido analisar em cada alimento. Por exemplo:

  • Ao avaliarmos o rótulo de pão, não é expectável que avaliemos o teor de gordura; devemos, sim, preferir o que tenha menor teor de sal e maior teor de fibra.
  • Quando analisamos o rótulo do leite, não avaliamos o teor de sal por exemplo, mas sim o teor de gordura e neste caso, devemos preferir os que tenham menos 30% de gordura (leite magro).
  • Da mesma forma, sabemos que os frutos secos têm gordura, mas é uma gordura saudável, pelo que não faz sentido procurar os que têm menos gordura.

Compre com consciência, leia os rótulos dos seus alimentos.

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